Simulado
Língua
Portuguesa
E.E.F.M
ANANIAS DO AMARAL VIEIRA
Nome:
_____________________________Nº___
1º
ano _______
D1 ––––––––– QUESTÃO 01 –––––––––––
Leia
o texto abaixo:
Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos
campeões da fraude de medicamentos
É um dos piores
crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes
— presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia
dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes.
Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca
no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada
oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o
que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer.
Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.
PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios
Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.
Segundo a autora, “um dos piores
crimes que se podem cometer” é:
(A) a venda de
narcóticos.
(B) a falsificação
dos remédios.
(C) a receita de
remédios falsos.
(D) a venda abusiva
de remédios.
D3 ––––––––––– QUESTÃO 02 –––––––––––
Leia
o texto abaixo:
Realidade com muita fantasia
Nascido em 1937, o
gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, igualmente
atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo
de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros
para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram
publicados no exterior.
Muito atento às
situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em seus textos
indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente
fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem
os desfechos surpreendentes das histórias.
Em sua obra, são
freqüentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo
da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James
Cagney”.
Para Gostar de Ler, volume 27.
Histórias sobre Ética. Ática, 1999.
A expressão sublinhada em “é ainda um
biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa que Scliar é
(A) crítico e detalhista.
(B) criativo e
inconseqüente.
(C) habilidoso e
talentoso.
(D)
inteligente e ultrapassado.
D4 –––––––––– QUESTÃO 03 –––––––––
O texto conta a história de um homem
que “entrou pelo cano”.
O
Homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e
entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se
acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia
barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em
torneira.
Vários dias foi rodando,
até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio,
entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Então percebeu que as
engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água
límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada.
Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta.
Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo
esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras
Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
O conto cria uma
expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não
foi o esperado porque:
(A) a menina agiu
como se fosse um fato normal.
(B) o homem
demonstrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as engrenagens da
tubulação não funcionaram.
(D) a mãe não
manifestou nenhum interesse pelo fato.
D6 ––––––––– QUESTÃO 04 ––––––––––
Leia
o texto abaixo:
O ouro da biotecnologia
Até os bebês sabem
que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o
Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas no mundo
todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da
caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade
de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas
escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista
(“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção
e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa
era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro,
borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração
comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução
tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve
de ser uma enorme fonte “potencial” de alimentos, cosméticos, remédios e outros
subprodutos: ela o será de fato - e de forma sustentável. Outro exemplo: os
créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem
mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa
científica carente, idefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões
de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em
riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram
registrados por estrangeiros - que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem
original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele.
Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que
plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente
serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a
nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no
chão.
Uma frase que resume
a idéia principal do texto é:
(A) A amazônia
deixará de ser fonte potencial de alimentos.
(B) O Brasil não
transforma riqueza natural em financeira.
(C) Os Índios deixam
animais e plantas serem levados.
(D) Os estrangeiros registraram
diversos produtos.
D14 –––––––– QUESTÃO 05 –––––––––––
Leia
o texto abaixo:
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era
muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que
moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa
dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa
tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando
começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde
chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca
dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo
porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a
família defronte teve medo.
Então vinham todos
dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar
camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas
ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde
da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me
lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a
favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da
cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma
traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia
que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas
cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer,
queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA,
Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p.
157.
A expressão que
revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (ℓ.
10), é
(A) “Às vezes chegava
alguém a cavalo...”
(B) “E às vezes o rio
atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café
tarde da noite!”
(D)
“Isso para nós era uma festa...”
D5 –––––––––– QUESTÃO 06 ––––––––––
Leia o texto abaixo:
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A atitude de Romeu em relação a Dalila
revela:
(A) compaixão.
(B) companheirismo.
(C) insensibilidade.
(D)
revolta.
D12 –––––––– QUESTÃO 07 –––––––––––
Leia o texto abaixo:
A
antiga Roma ressurge em cada detalhe
Dos
20.000 habitantes de Pompéia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão
Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi
encontrada em 1748, debaixo de 6
metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou
Pompéia dos conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma jóia arqueológica.
Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.
A
profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual
Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas,
com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes
arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos
ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se
pão preto, de centeio.
Outro
megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata
da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no
século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais
conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios,
monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente.
Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os
próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com
palavras.
Revista
Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
A finalidade principal do texto é
(A) convencer.
(B) relatar.
(C) descrever.
(D) informar.
D20 ––––––––– QUESTÃO 08 ––––––––––
Leia
os textos abaixo:
Texto I
Monte Castelo
Ainda que eu falasse
a língua dos homens
E falasse a língua
dos anjos,
Sem amor, eu nada
seria.
É só o amor, é só o
amor
Que conhece o que é
verdade;
O amor é bom, não
quer o mal,
Não sente inveja ou
se envaidece.
Amor é fogo que arde
sem se ver;
É ferida que dói e
não se sente;
É um contentamento
descontente;
É dor que desatina
sem doer.
Ainda que eu falasse
a língua dos homens
E falasse a língua
dos anjos,
Sem amor eu nada
seria.
É um não querer mais
que bem querer;
É solitário andar por
entre a gente;
É um não contentar-se
de contente;
É cuidar que se ganha
em se perder.
É um estar-se preso
por vontade;
É servir a quem vence
o vencedor;
É um ter com quem nos
mata lealdade,
Tão contrário a si é
o mesmo amor.
Estou acordado, e todos dormem, todos
dormem, todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos
homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
Legião Urbana. As quatro estações. EMI,
1989 – Adaptação de Renato Russo: I Coríntios 13 e So- neto 11, de Luís de
Camões.
Texto
II
Soneto 11
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís Vaz de Camões. Obras completas. Lisboa:
Sá da Costa, 1971.
O texto I difere do texto II
(A) na constatação de
que o amor pode levar até à morte.
(B) na exaltação da
dor causada pelo sofrimento amoroso.
(C) na expressão da
beleza do sentimento dos que amam.
(D) na rejeição da
aceitação passiva do sofrimento amoroso.
D21 –––––––– QUESTÃO 09 –––––––––––
Leia
os textos abaixo:
Texto I
Telenovelas empobrecem o país
Parece que não há
vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os dias às 6,
7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os mais baratos filmes “B”
americanos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minutos em
frente a qualquer novela são capazes de me deixar absolutamente entediado –
nada pode ser mais previsível.
Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.
Texto II
Novela é cultura
Veja – Novela de televisão aliena?
Maria Aparecida – Claro que não.
Considerar a telenovela um produto cultural alienante é um tremendo preconceito
da universidade. Quem acha que novela aliena está na verdade chamando o povo de
débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar que a vida é um
mar de rosas só por causa de um enredo açucarado. A telenovela brasileira é um
produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeira
obras de arte.
Veja, 24/jan/96.
Com relação ao tema “telenovela”
(A) nos textos I e
II, encontra-se a mesma opinião sobre a telenovela.
(B) no texto I,
compara-se a qualidade das novelas aos melhores filmes americanos.
(C) no texto II,
algumas telenovelas brasileiras são consideradas obras de arte.
(D) no texto II, a
telenovela é considerada uma bobagem.
D2 –––––––––– QUESTÃO 10 ––––––––––
Leia
o texto abaixo:
A
floresta do contrário
Todas as florestas
existem antes dos homens.
Elas estão lá e então o homem chega,
vai destruindo, derruba as árvores, começa a construir prédios, casas, tudo com
muito tijolo e concreto. E poluição também.
Mas nesta floresta aconteceu o
contrário. O que havia antes era uma cidade dos homens, dessas bem poluídas, feia,
suja, meio neurótica.
Então as árvores foram chegando,
ocupando novamente o espaço, conseguiram expulsar toda aquela sujeira e se
instalaram no lugar.
É o que se poderia
chamar de vingança da natureza – foi assim que terminou seu relato o amigo
beija-flor.
Por isso ele estava
tão feliz, beijocando todas as flores – aliás, um colibri bem assanhado,
passava flor por ali, ele já sapecava um beijão.
Agora o Nan havia
entendido por que uma ou outra árvore tinha parede por dentro, e ele achou bem
melhor assim.
Algumas árvores
chegaram a engolir casas inteiras.
Era um lugar muito
bonito, gostoso de se ficar. Só que o Nan não podia, precisava partir sem
demora. Foi se despedir do colibri, mas ele já estava namorando apertado a uma
outra florzinha, era melhor não atrapalhar.
LIMA, Ricardo da
Cunha. Em busca do tesouro de Magritte. São Paulo: FTD, 1988.
No trecho “Elas estão lá e então o
homem chega,...” (ℓ. 2), a palavra destacada re-fere-se a:
(A) flores.
(B) casas.
(C) florestas.
(D) árvores.
D ––––––––––– QUESTÃO 11 –––––––––––
Leia
o texto para responder a questão a seguir:
Quanto tempo
resistimos sem comer nem beber?
Há
registros de pessoas que suportaram até 200 dias sem comer, mas esse tempo
sempre varia conforme a estatura. Sem água, porém, a resistência é bem menor e
o estado de saúde torna-se bastante grave após cerca de 36 horas. Ficar sem
comer por um ou dois dias normalmente não ocasiona problemas que possam afetar
gravemente a pessoa. Essa situação não costuma causar mais que tonturas e dor
de cabeça. “O jejum não tem indicação para ser usado de forma rotineira sob o
ponto de vista médico, mas tem sido praticado desde a Antiguidade como preceito
religioso para a purificação do espírito”, diz o endocrinologista Danilo
Alvarenga de Carvalho. Quando feito sem controle médico, porém, o jejum pode
implicar sérios riscos para a saúde, inclusive levando à morte. Sem a ingestão
de alimentos, o organismo começa a queimar suas reservas de energia,
principalmente as gorduras.
Depois
delas, consome as proteínas que compõem os tecidos. Ficar muito tempo sem se
alimentar também provoca diversas alterações metabólicas e hormonais, com perda
de vitaminas e sais minerais, alterações da pressão arterial, desmaios e
problemas psicológicos. Mas a falta de água é bem mais grave. Um homem de
estatura média contém em seu corpo aproximadamente 40 litros de água,
necessária para resfriar o corpo.
Além
disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição para
serem eliminadas pelos rins e intestinos. Numa pessoa saudável, existe um
equilíbrio entre a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados. A perda desse
equilíbrio em poucos dias é o suficiente para matar.
(Superinteressante
Especial: Mundo estranho, ago.2001.)
No
trecho “Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram
da nutrição...” (3º parágrafo), a expressão destacada desempenha a função de
(A)
adição de ideias.
(B)
comparação entre dois fatos.
(C)
consequência de um fato.
(D)
finalidade de um fato enunciado.
D ––––––––––– QUESTÃO 12 –––––––––––
Leia
o texto para responder a questão a seguir:
O
MITO DO AUTOMÓVEL
O
automóvel é o símbolo máximo das sociedades modernas. A demanda de automóveis
teve um aumento tão rápido que em apenas algumas décadas transformou a
indústria automobilística num dos motores da economia de mercado. Mas isso
ocorreu porque os carros satisfazem inúmeras necessidades, anseios e fantasias dos
homens e das mulheres de hoje – em especial o sonho da liberdade de movimentos.
Qual será o futuro desse fruto do casamento do sonho com a técnica? Não
corremos talvez o risco de ver nossa liberdade de possuir um carro vir a
transformar-se em escravidão a esse mesmo carro?
(O Correio da Unesco. Fundação Getúlio
Vargas.)
Encontramos
registro de opinião, no texto, em:
(A) “O automóvel é o símbolo máximo
das sociedades modernas.”
(B) “Mas isso ocorreu porque os carros
satisfazem inúmeras necessidades...”
(C) “Qual será o futuro desse fruto do
casamento do sonho com a técnica?”
(D) “...corremos talvez o risco de ver
nossa liberdade de possuir um carro vir a transformar-se em escravidão...”
D ––––––––––– QUESTÃO 13 –––––––––––
Leia o texto para responder a questão a
seguir:
A
Máquina
Lúcia
Carvalho
Morreu
uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi até lá,
num final de semana, separar e dividir as coisas dela para esvaziar a casa.
Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão, uma
tremenda confusão.
Foi
quando ouvi meus filhos me chamarem.
–
Mãe! Maiê!
–
Faaala.
Eles
apareceram, esbaforidos.
–
Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém quiser, essa coisa pode
ficar para a gente? Hein?
–
Depende. Que é?
Eles
falavam juntos, animadíssimos.
–
Ééé... uma máquina, mãe.
–
É só uma máquina meio velha.
–
É, mas funciona, está ótima!
Minha
filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.
–
Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador,
sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?
–
Sei.
–
Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado,
mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...
Ela
ia se animando, os olhos brilhando.
–
... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo!
É muuuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro!
Ela
jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa
explicação de uma máquina de escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem
aí comigo. Continuava.
–
... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a
impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chatérrima de entrar no
computador, ligaaar, esperar hoooras, entrar no Word, de escrever olhando na
tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina
tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa
comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E nem precisa colocar
na tomada funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.
–
Nossa, filha...
(Coleção novo diálogo
– Língua Portuguesa – São Paulo – FTD, 2007.)
A
repetição das vogais no trecho “..ligaaar,.esperar hoooras,...” pretende
realçar
(A) o som de eco, dada a amplitude da
casa da menina.
(B) o pouco tempo que o computador
demora para inicializar.
(C) a falta de qualidade na impressão
de um documento.
(D) o longo tempo de inicialização do
computador.
D ––––––––––– QUESTÃO 14 –––––––––––
Encontramos o
registro da linguagem informal em
(A)
“Morreu uma tia minha.”
(B)
“Eles apareceram esbaforidos.”
(C)
“Ela nem aí comigo.”
(D) “E nem precisa
colocar na tomada.”
D ––––––––––– QUESTÃO 15 –––––––––––
Leia o texto para responder a questão a
seguir:
Pã,
uma divindade rural
De
acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos
campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e
pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades
dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou
a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã
era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a
noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as pessoas a
medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram
atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de
ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
Em
“(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque”
refere-se
(A)
às montanhas.
(B)
aos vales.
(C)
aos bosques.
(D) às matas.
D ––––––––––– QUESTÃO 16 –––––––––––
Leia
o texto para responder as questões 16 e 17 :
Todo
acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem
casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu.
Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A
história do açúcar sumido durante a guerra estava anotada. Eu não sabia por que
os soldados tinham tanta coisa a adoçar.[...]. E a casa de corredor comprido,
ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno do meu
avô.
Cada
quarto, cada sala, cada cômodo, uma página (...). Conversa mais indecente ele
escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não
tinha ninguém em casa.(...).Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre
cada pedaço da parede. A casa do meu avô foi o meu primeiro livro. (...) Apreciava
meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem.
Trecho
extraído de Bartolomeu Campos Queirós. Por parte de pai. Belo Horizonte:
RHJ, 1995.
O
trecho em que o autor deixa clara a admiração que tinha pelo avô é
(A) “Todo acontecimento da cidade, da
casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes”.
(B) “A história do açúcar sumido
durante a guerra estava anotada.”
(C) “A casa do meu avô foi meu
primeiro livro”.
(D) “Apreciava meu avô e sua maneira
de não deixar as palavras se perderem”.
D ––––––––––– QUESTÃO 17 –––––––––––
O
uso da palavra “Enquanto”, no 2° parágrafo, estabelece a seguinte relação com o
1° parágrafo:
(A) Simultaneidade entre as ações do
avô e os pensamentos do menino.
(B) Comparação entre os pensamentos do
avô e os do menino.
(C) Atemporalidade nas ações e
pensamentos dos personagens.
(D)
Contradição nos aspectos específicos entre avô e neto.
D ––––––––––– QUESTÃO 18 –––––––––––
Leia
o texto para responder a questão a seguir:
LIBERDADE
É
não depender de droga nenhuma pra viver.
Você
sabia que os remédios sem indicação médica, a cola de sapateiro, o álcool e o
cigarro são as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e, por isso
mesmo, muito traiçoeiras. Porque o pior de toda droga nem é o risco de morte, é
a certeza de uma vida de dependência. Quem ainda acredita que as drogas
libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para liberdade é
independência.
Campanha publicitária do Ministério da
Saúde – Brasil: Governo Federal
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A finalidade do texto
é
(A) alertar as pessoas para o uso
indevido de remédios.
(B) chamar a atenção para os
malefícios da dependência química.
(C) informar sobre todos os tipos de
drogas existentes.
(D)
buscar soluções para os usuários das drogas mais consumidas.
D ––––––––––– QUESTÃO 19 –––––––––––
Leia
o texto para responder a questão a seguir:
Neologismo
Beijo
pouco, falo menos ainda.
Mas
invento palavras
que
traduzem a ternura mais funda
E
mais cotidiana.
Inventei,
por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo
Teadoro,
Teodora.
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/neo.htm
O
sentido da palavra do título - Neologismo - está ratificado no seguinte verso:
(A)
“Beijo pouco, falo menos ainda”.
(B)
“Mas invento palavras”.
(C)
“É mais cotidiana”.
(D)
“Intransitivo”.
D ––––––––––– QUESTÃO 20 –––––––––––
Leia
o texto para responder a questão a seguir:
Sai
o primeiro condomínio com energia eólica
O
primeiro empreendimento imobiliário com produção de energia eólica no Brasil é
residencial e será lançado este mês, em Florianópolis. O
projeto, batizado de Neo, prevê a instalação de duas turbinas de vento, uma em
cada torre. Elas farão o aquecimento de toda a água que será consumida pelos 24
apartamentos do condomínio, cuja entrega está prevista para março de 2012.
[...]
“A
tecnologia será capaz de produzir 100% da energia que será usada no condomínio,
que não utilizará nenhum tipo de combustível fóssil. Hoje, apenas o aquecimento
da água representa 50% do gasto com energia nas regiões Sul e Sudeste”, diz
Suchodolski. [...]
Ainda
segundo Suchodolski, o empreendimento terá outros dispositivos sustentáveis,
como uma estação de tratamento de esgoto, com direito a uma cisterna específica
para água a ser reutilizada, destinada, por exemplo, à irrigação das áreas
verdes. Dessa forma, completa ele, o consumo será reduzido em 50%: “Além disso,
o condomínio usará madeira de reflorestamento certificada, tintas e vernizes à
base de água.”
http://www.zap.com.br/revista/imoveis/condominio
O
condomínio a ser construído tem a finalidade de
(A)
divulgar uma nova tecnologia.
(B)
conter a expansão imobiliária na região.
(C)
preservar o meio ambiente.
(D) diminuir o alto
consumo de energia.
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