terça-feira, 18 de maio de 2010

9º ano (tarde)

Trabalho sobre o Ceará


CEARÁ

LOCALIZAÇÃO: o Ceará, estado brasileiro, fica no norte da Região Nordeste

DIVISAS: Norte = Oceano Atlântico; Sul = Pernambuco; Leste = Rio Grande do Norte e Paraíba; Oeste = Piauí

(banhado pelo oceano Atlântico numa extensão de 573 km)

ÁREA (km²): 146.348,3

(a área acrescida da massa de água passa para 148.016 km2)

RELEVO: planalto, planícies e várzeas (Leste e Oeste)

Banhado pelo oceano Atlântico numa extensão de 573 km, com litoral pouco recortado, onde aparecem planícies costeiras e praias cobertas por dunas de beleza singular. Junto ao litoral, as altitudes não ultrapassam 100 metros. Em direção ao interior, no entanto, o terreno passa a ter características de planalto, alcançando altitudes médias de 400 a 500 metros. Trata-se de parcela do planalto Nordestino, uma das unidades do planalto Atlântico, cuja monotonia é quebrada em certos pontos por blocos elevados de rochas mais resistentes, entre os quais se destaca a serra de Baturité, com altitudes que chegam a mais de 1.000 metros

RIOS PRINCIPAIS: Jaguaribe, Salgado, Conceição, Acaraú, Pacoti, Piranji, Banabuiú, Trussu

VEGETAÇÃO: caatinga em quase todo o território; vegetação de restinga e salinas em estreita faixa litorânea

A área ocupada por caatingas no Ceará atinge 129.162,7 km2, o que corresponde a 88 % da área total do estado

CLIMA: tropical

Com exceção do trecho ao longo da costa e das chapadas e pequenas serras, o clima em boa parte do território do estado do Ceará é semi-árido

MUNICÍPIOS (número): 184 (1996)

CIDADES MAIS POPULOSAS: Juazeiro do Norte, Maracanaú, Caucaia, Sobral, Crato

HORA LOCAL (em relação a Brasília): a mesma

HABITANTE: cearense

POPULAÇÃO: 7.430.661 (2000)

DENSIDADE: 50,77 habitantes p/km2

ANALFABETISMO: 24,7% (2000)

MORTALIDADE INFANTIL: 40,9 óbitos por mil crianças nascidas vivas

CAPITAL: Fortaleza, fundada em: 13/4/1726

HABITANTE DA CAPITAL: fortalezense

A economia do Ceará está estruturada sobre a produção agroindustrial e o comércio. A característica marcante da agropecuária cearense é a competitividade das espécies nativas, com destaque para o caju, algodão, lagosta, camarão e mandioca, entre outros. Na agricultura é também expressiva a importância do arroz, feijão, cana-de-açúcar, milho, mamona, tomate, banana, laranja, coco-da-baía e melão. Diante das características de forte insolação durante o ano todo, os frutos tropicais como acerola, caju, manga, melão, mamão, banana e uva entre outros, apresentam excepcional qualidade organoléptica, concentrando alto teor de sólidos solúveis e vitaminas.

O rebanho do Estado era composto em 1994 de 2,18 milhões de cabeças de bovinos, 1,2 milhão de suínos, 1,08 milhão de caprinos, 1,33 milhão de ovinos e 19,68 milhões de aves. A avicultura é atualmente a atividade mais organizada e dinâmica, com crescimento contínuo nos últimos 15 anos.

Existem 701 açudes no estado, com capacidade para 10,6 bilhões de m3 de água. A existência de tais reservatórios hídricos permite o desenvolvimento agrícola e a criação pecuária nas regiões semi-áridas, onde a escassez de água é freqüente.

Mais recentemente, iniciou-se no Ceará a criação de lagosta em cativeiro, uma atividade que deverá receber novos adeptos. A produção de pescado correspondeu a 6.023 toneladas de lagosta, 1.702 toneladas de camarão, 16.022 toneladas de peixe do mar e 1.862 toneladas de peixe de açude, no mesmo ano.

No setor industrial destacam-se as transformações de fibras têxteis, confecções, calçados, alimentos, metalurgia e química. Dos produtos industriais, os têxteis e confecções apresentam maior dinamismo e atração de novos investimentos no estado. Na pauta de exportações, destacam-se a amêndoa da castanha-de-caju, lagosta, pargo, camarão, melão, produtos têxteis e confecções.

A colonização do Estado, iniciada no século XVII, foi dificultada pela forte oposição das tribos indígenas e só tomou impulso com a construção, na embocadura do rio Pajeú, do forte holandês Schoonenborch, que em 1654, foi tomado pelos portugueses. Com seu nome mudado para Fortaleza de Nossa Senhora de Asunção, o forte tornou-se a sede da Capitania.

No século XIX, um movimento de grande importância aconteceu no Ceará: a campanha aboliciionista, que aboliu a escravidão em 25 de março de 1884, antes da Lei Áurea.

O Ceará começaria a se desenvolver apenas depois de sua separação de Pernambuco (em 1799) e sua história foi sempre marcada por lutas políticas e movimentos armados. Esta instabilidade prolongou-se durante o Império e a Primeira República, normalizando-se depois da reconstitucionalização do País, em 1945.


A história do Ceará tem início com a criação da "Capitania do Siará", doada em 1535 a Antonio Cardoso de Barros. Em 1603, uma expedição comandada pelo açoriano Pêro Coelho de Souza fundou na região a colônia denominada Nova Luzitânia. Juntamente com o grupo, chegou também um rapaz de 17 anos, Martim Soares Moreno, considerado o verdadeiro fundador do Ceará. Conhecedor da língua e dos costumes indígenas, mantinha amizade fraternal com os nativos, o que lhe valeu fundamental apoio para a derrocada dos franceses e holandeses que também pretendiam colonizar a região. Em 1619, depois de muitas lutas contra invasores estrangeiros, naufrágios e prisões, Soares Moreno obteve uma carta régia que lhe dava o título de Senhor da Capitania do Ceará, lá se fixando por muitos anos. Seu romance com a índia Iracema foi imortalizado pelo escritor brasileiro José de Alencar, em seu livro intitulado Iracema.

O Ceará fez parte do estado do Maranhão e Grão-Pará em 1621. Foi ainda invadido duas vezes, em 1637 e 1649, pelos holandeses que ocupavam a região onde hoje se encontra o estado de Pernambuco, mantendo-se a ele subordinado até conquistar sua autonomia, em 1799. O desenvolvimento da pecuária em Pernambuco e na Bahia levou criadores a ocuparem o interior do Ceará. As vilas foram se formando junto às grandes fazendas ou nos pontos de descanso das tropas vindas do sul.

Em 1824, o Ceará participou da Confederação do Equador, juntamente com os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. O estado começou a se desenvolver na segunda metade do século XIX, com a chegada da navegação a vapor, das estradas de ferro, da iluminação a gás e do telefone. Foi a primeira província brasileira a libertar os escravos, em 1884, e também uma das primeiras a aderir à República.

Castanha-de-Caju - Além das qualidades nutritivas e medicinais contidas na castanha originária do caju(6), seu sabor exótico tornou-a popular ao longo dos anos. É largamente apreciada em todos os países do mundo, para o acompanhamento de drinks ou na composição de aperitivos sofisticados. A fruta pode ser processada para a elaboração de sucos, mel, vinho e licor, além de ser também utilizada industrialmente para a produção de doces e passas.

O cajueiro é uma árvore nativa do Nordeste brasileiro, introduzida em outros países como a Índia e Moçambique, pelos colonizadores portugueses. Esses dois países, juntamente com o Brasil, são responsáveis por 80 % da produção mundial de castanha-de-caju. O Brasil participa com 35 % desse total e exporta 90 % de sua produção. A região Nordeste é responsável por 99 % da produção nacional de castanha-de caju, que chega a 1,2 milhão de toneladas por ano, e o estado do Ceará responde por 48 % desse total.

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